quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lágrimas de Chuva

A chuva cai mansa e fria nesta manhã...
Olho os pingos que caem do telhado...
A chuva fina me faz lembrar você...
Que um dia entrou mansamente em minha vida...
Entrou sem alarde ou ruído...
Tão suave e límpido como os pingos da chuva...
Fez morada em meu coração cativo de teu carinho...
Afasto a cortina com ternura e delicadeza...
Imagino seu rosto em meio aos pingos da chuva...
Seu rosto molhado, seus lábios entre-abertos...
Respiração ofegante e um sorriso puro e ingenuo!!!
Mas minha respiração encobre o vidro da janela...
Tirando-me a visão.
Suavemente deslizo os dedos por sobre a vidraça úmida...
Olho a calçada, a rua e tudo em volta...
Não vejo seu rosto...
Fôra apenas uma ilusão...
Meus pensamentos trouxeram você até mim...
Então duas lágrimas caem tão suaves como a chuva fina...
Meu coração pausa por um instante...
Minha respiração se extasia como se não mais fosse voltar...
Enfim um suspiro longo, sofrido e doído...
A realidade está de volta...
Você não esta lá fora...
Um frio envolve meu corpo...
Meu coração pulsa acelerado...
Minha alma volta ao meu corpo...
Afasto-me da vidraça...
Fecho as cortinas...
Outra vez a realidade se faz presente...


Angel Solitary


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